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Unidos e fortalecidos

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A instalação de uma instituição financeira é uma das demandas do Núcleo Empresarial de Iguatemi, conta Marcio Bernardi Gil; Cresol vai abrir uma agência lá até o final do ano

A falta de uma instituição financeira em Iguatemi, distrito de Maringá, traz prejuízos não apenas para os comerciantes, mas para a comunidade, que precisa se deslocar até Maringá ou Mandaguaçu. Por isso, os membros do Núcleo Empresarial de Iguatemi (NEI), que faz parte do programa Empreender, decidiram que um dos desafios do grupo seria atrair uma agência bancária para o distrito.

A missão está prestes a ser cumprida: até o fim do ano a Cresol deve abrir uma agência com estrutura completa, com caixas eletrônicos, gerentes e atendentes. Os diretores da cooperativa já fazem a seleção dos possíveis locais. A decisão pela instalação da agência veio após reuniões dos empresários com o gerente da Cresol de Maringá, Maicon Gasparetto, com o superintendente, Jackson Joaquim, e com o presidente da cooperativa, Luiz Carlos Colombo. “Iguatemi tem boa infraestrutura para se viver e potencial de desenvolvimento”, afirma o coordenador do NEI, Marcio Bernardi Gil.

Constituído em setembro de 2022, o núcleo é multissetorial, formado por empresários de todos os portes. O objetivo do grupo é fortalecer a infraestrutura do distrito. “Quando decidimos lançar o núcleo foi para aproximar as empresas do distrito e, assim, ajudar os empresários a sair do isolamento”, comenta.

O núcleo também promove treinamentos presenciais para colaboradores e empresários. Conta com representação no Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg) para apresentar e ouvir demandas locais. “A ideia é proporcionar o desenvolvimento das empresas e fomentar a economia de Iguatemi”, acrescenta.

Entre as reivindicações do grupo estão a demarcação de números prediais e a instalação de placas com os nomes de ruas em todos os cruzamentos; instalação de lixeiras nas ruas e avenidas comerciais e de recreação; instalação de pista para caminhada com academia da terceira idade; calçamento emborrachado ou similar em parquinhos públicos; repavimentação de algumas ruas (mapeamento dos piores trechos e definir prioridades); adequação das praças (urbanização compatível no layout com as de Maringá); e construção de uma trincheira de acesso ao distrito.

Também estão na agenda a instalação de um posto de saúde com atendimento no mínimo até as 22 horas com médicos para emergências; e reativação do Destacamento do Corpo de Bombeiros mesmo que seja com funcionários municipais com caminhão pipa e salva vidas civis.

Núcleo de economistas

O núcleo de Iguatemi é um dos 84 do programa Empreender, que na ACIM existe desde 2000. É por meio de núcleos setoriais e multissetoriais que os associados fazem capacitações, networking e projetos sociais, além de trocas de experiências dentro do lema ‘Unir para crescer’. O Empreender reúne mais de 1,2 mil empresários entre os cinco mil que constituem a Associação.

Criado há menos de um ano, o Núcleo de Economistas de Maringá (Necom), quer formar parcerias para aprimorar o ecossistema econômico de Maringá, por meio de serviços de inteligência de alto valor agregado. O pouco tempo de trabalho não impediu conquistas importantes para os 12 integrantes.

O consultor John Cesar de Souza enumera algumas ações do núcleo: apresentações das demandas dos profissionais ao Conselho Regional de Economia; produção semanal de reportagem sobre economia regional para o portal GMC Online; palestras de cenário econômico para empresários e educação financeira para estudantes durante a Semana Maringaense de Educação Financeira. “O grupo tem se esforçado para disseminar a atuação e relevância do economista em todos os segmentos”, sintetiza o consultor. 


Matheus Felipe Ziermann Vieira, do Núcleo de Economistas de Maringá: grupo tem coluna semanal em portal e vai acompanhar indicadores locais

Matheus Felipe Ziermann Vieira, também envolvido com o núcleo, adianta os indicadores que os economistas devem acompanhar neste ano: saldo de emprego, preço médio dos combustíveis, inflação de Maringá, número de MEIs, balança comercial, movimentação do aeroporto, poupança, crédito concedido e arrecadação ISS.

Logística


Custo e prazo são cruciais no setor logístico e têm sido o foco do trabalho do núcleo setorial, conta Mauro Augusto Montagnini

O Núcleo de Logística tem buscado proporcionar mais conhecimento para seus 11 membros. Por meio de palestras e evento para networking, o coordenador de planejamento logístico do Grupo Virgínia, Mauro Augusto Montagnini, diz que o foco é vencer os principais desafios do setor. “Um dos principais é atender à exigência do mercado com o menor custo e prazo possíveis, tendo em conta que os clientes finais estão mais exigentes. Não tem como fazer logística de qualidade sem ter foco no cliente. Se  não me preocupo, o concorrente vai fazer e possivelmente vou perder esse cliente”, diz.

Nesse sentido, o núcleo participou de reunião de planejamento orçamentário da logística do Paraná para 2035. “Abordamos a possibilidade de melhorar ferrovias entre Maringá e Paranaguá. A logística é ampla e discutir o futuro dessa área é importante para nós e para o Brasil”, comenta Montagnini. “Precisamos melhorar a infraestrutura, desconcentrar do modal rodoviário, aumentar nossa capacidade de armazenagem de insumos e materiais, reduzir custos e tornar o setor mais competitivo para gerar resultados ainda melhores para as empresas”, acrescenta.

Para movimentar diversos públicos ligados à logística, o núcleo promoveu palestra sobre gestão de frotas, que mobilizou mais de cem pessoas. Outra iniciativa foi palestra sobre logística ministrada para alunos da Unicesumar. Para este ano, mais eventos para gerar conhecimento e integração: em comemoração ao Dia do Motorista, em 25 de julho, o núcleo realizará ação junto ao Grupo G10. 

Atuando no setor há dez anos, Montagnini diz que tem conseguido cumprir seu objetivo pessoal no núcleo. “Como intraempreendedor acredito que participar do núcleo tem aberto portas para realizar meu sonho de ser palestrante na área e dar aulas, a fim de compartilhar o conhecimento que venho acumulando”, comenta. 

Para o coordenador do núcleo, Leon Marcato de Castro, “estamos exercendo bem nas atividades industrial e comercial. O núcleo veio encorpar essa projeção. É importante para quem está começando a ingressar na área e outros a entender a linha logística. É uma grande escola”. 

Castro ressalta ainda que entre os núcleos há várias parcerias que favorecem o amadurecimento das empresas participantes. “Como são vários setores, eles se completam. No caso da logística, há um reflexo no marketing, consultoria financeira, seguros. Isso enriquece a nossa atividade junto a outros núcleos”, completa.

Café especiais


Michael Tamura, do Núcleo de Cafés Especiais: empresários querem criar rota turística, com visitação em propriedades e experiências em cafeterias

Composto por 20 empresas de toda a cadeia, entre produtores, empresas de torrefação, cafeterias e fornecedores, o Núcleo de Cafés Especiais quer fortalecer o setor e difundir o grão de qualidade entre os consumidores. “Antes nosso medo era de não deixar o café especial virar uma moda passageira”, lembra o coordenador do núcleo, Michael Tamura.

Em todo o país, o setor está fortalecido por meio das grandes redes de franquia e produtores. “A curiosidade do público faz o mercado ficar aquecido. As pessoas estão aprendendo a tomar café”, diz.

O bom momento vai ao encontro do trabalho do núcleo criado no ano passado. Após desenvolver um site próprio, o www.cafesespeciaismaringa.com.br, os empresários querem oferecer ainda neste ano um roteiro turístico, mediante compra antecipada de experiências personalizadas nas cafeterias que fazem parte do grupo. 

Outra meta é oferecer uma rota turística, com visitação em propriedades e experiências em cafeterias. Com apoio do Sebrae, o grupo já deu início à formatação do serviço, que poderá ser ofertado por agências de turismo locais, prevendo diferentes rotas e tempos de duração. 

A união tem fortalecido a cadeia produtiva, proporcionando maior nível de maturação em relação a outras cidades produtoras e de mesmo porte de Maringá. Esse fortalecimento do setor também deve ajudar a atrair novos integrantes: a expectativa é que até o fim do ano sejam 30 empresas.