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Sete décadas  ajudando a construir Maringá

Sete décadas ajudando a construir Maringá

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Maringá na década de 1950: promessa de oportunidades atraiu imigrantes

Em dezembro de 2022 a ACIM atingiu a marca histórica de cinco mil empresas associadas, tornando-se uma das maiores do gênero do país. Gigante nos números, gigante na história. Afinal, mais do que uma meta alcançada, o número avaliza e coroa o trabalho de sete décadas como protagonista do associativismo empresarial e de movimentos vanguardistas de construção e desenvolvimento de Maringá. 


Gilson Aguiar, cientista político: “ser empresário em uma cidade do interior do Brasil, onde a fronteira agrária avançava e o deslocamento humano vivia da busca de se fazer no ‘eldorado’, é para poucos”  

Ao mesmo tempo em que defende a classe empresarial e incentiva a inovação, a ACIM luta por obras estratégicas e atua como uma agência que fomenta projetos e defende práticas sustentáveis e socialmente responsáveis. “Esta Maringá que temos hoje não existiria sem a Associação Comercial. O perfil de uma cidade focada na qualidade de vida e que gera um ambiente de negócios com menor agressão ao meio ambiente e ao ser humano foi direcionado dentro da ACIM”, destaca o sociólogo e cientista político Gilson Aguiar.

Professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e doutor em História, Reginaldo Dias associa a pujança do município à força do setor privado. “Maringá tem o DNA do empreendedorismo privado. A ACIM tem forte presença no desenvolvimento de Maringá. Muito além dos interesses corporativos, a entidade se entrelaçou, mediante à visão arrojada de seus dirigentes, com os temas nevrálgicos e indutores do desenvolvimento da cidade, estabelecendo fecunda interface com o poder público”.  


Para o historiador Reginaldo Dias, “o mais importante ao longo das sete décadas foi o fato da ACIM se manter antenada às demandas de cada época” 

De promessa à realidade

Madeira, minério, café, soja ou simplesmente o sonho de ter um pedaço de terra. Foram muitos os motivos que trouxeram brasileiros de todas as regiões para o norte e o noroeste do Paraná. 

Essa migração ocorreu no início da década de 1940, quando a colonização do interior passou a ser vista como estratégica para os interesses nacionais. Para ‘corrigir’ a disparidade de ocupação territorial, até então concentrada na costa litorânea, o governo Getúlio Vargas colocou em prática a Marcha para o Oeste, programa de desenvolvimento econômico e populacional do interior do país.  “Ser empresário em uma cidade do interior do Brasil, onde a fronteira agrária avançava e o deslocamento humano vivia da busca de se fazer no ‘eldorado’, é para poucos. A ‘terra prometida’ era mais uma promessa do que uma realidade”, pontua o sociólogo. 

Mesmo assim, muitos se embrenharam na aventura quase utópica. Vieram para a região atraídos pela Companhia de Terras Norte do Paraná – depois batizada de Companhia Melhoramentos do Paraná – que prometia uma cidade inspirada no modelo de cidade-jardim de Ebenezer Howard. 

Inicialmente, o plano urbano foi recebido com ceticismo por muitos. Presente no evento de fundação de Maringá, em 10 de maio de 1947, Felizardo Meneguetti, um dos fundadores da Usina de Açúcar Santa Terezinha, rechaçou o projeto. 

“A empresa ofereceu lotes urbanos para venda. Meneguetti riu e disse: vocês estão falando que este mato aqui fora vai ficar como está no mapa? Se tiver lote rural eu compro, mas aqui, na cidade, não quero. Isso não vai dar em nada. A fala dele resume um pouco a aventura, o senso comum de que seria impossível”, recorda Aguiar.

À época, Maringá se resumia a oito quadras na região da atual Capela Santa Cruz, rodeadas de propriedades rurais, de onde vinham as riquezas. Não demorou, entretanto, para que a ‘nova cidade’ atraísse desbravadores, alguns líderes e empreendedores.  

“Na fase pré-municipal destaca-se a presença de empresários pioneiros, como Ângelo Planas e Napoleão Moreira da Silva, como líderes comunitários. Na primeira eleição municipal, os três principais candidatos protagonistas de um certame equilibrado eram empresários: Waldemar Gomes da Cunha, Ângelo Planas e Inocente Villanova Jr, o eleito”, destaca o professor da UEM. 

No cenário nacional, o período seria lembrado pelo auge do café, fim do governo Vargas e ascensão do espírito desenvolvimentista de Juscelino Kubistchek. Espírito que aqui resultou no primeiro parque industrial na Vila Operária. Nos anos de 1940 prevaleciam as agroindústrias artesanais e nos anos 1950 chegaram máquinas de grande capacidade de processamento de produtos agrícolas. O comércio também se fortalecia e diversificava. 


Força associativista 

Maringá tinha apenas seis anos quando um grupo de empresários criou a ACIM, em 12 de abril de 1953, um marco histórico na organização da sociedade civil. O primeiro presidente foi Américo Marques Dias. 

“O progresso exigia organização tanto do setor público quanto do privado. Foi a década de vertebração da sociedade civil organizada, mediante a formação de entidades. A ACIM foi criada no bojo desse processo, mas a sua vocação era mais abrangente do que a representação corporativa, pois tinha em sua base o poder econômico, de cujo sucesso dependeria a prosperidade do município. Tratava-se de dar organização e voz ao setor privado, cuja influência já era decisiva”, pontua Dias.

Instalada em salas alugadas no Edifício João Tenório Cavalcante, na avenida XV de Novembro esquina com a avenida Duque de Caxias, a entidade lutou pela instalação de Agências de Telégrafos, Coletoria Federal, Copel, Banco do Brasil e Usina Diesel Elétrica que serviu como base para a formação da Copel.

“Os primeiros que fizeram a reunião de fundação da entidade eram pioneiros, mas com uma dose de consciência de que era preciso agir como empresários e planejar o futuro. Fazer com que o ‘eldorado’ virasse realidade”, diz Aguiar. 


Grandes empresas

A ascensão dos militares ao poder, em 1964, trouxe profundas transformações culturais, sociais e políticas ao país. A década de 1960 foi de desenvolvimento industrial, com a chegada de multinacionais, como a Sanbra, que se instalou em Maringá, bem como a Norpa, Neva e Anderson Clayton.

Além da vinda das multinacionais, os empreendedores locais mostravam organização com o surgimento da Cocamar e da Usina Santa Terezinha, dando a Maringá o status de polo nacional de processamento de produtos do campo e impulsionando a geração de empregos. 

Em apoio aos empreendimentos, a ACIM reivindicou melhorias na infraestrutura para o transporte de produtos. “Sem a entidade, a ferrovia teria demorado mais, a energia elétrica não seria implantada”, afirma o cientista político. 

Ainda nos anos 1960, a cidade começou a esboçar a vocação para o ensino superior. Em 1969, com apoio da ACIM, foi criada a Universidade Estadual de Maringá (UEM), a partir da união de quatro instituições estaduais de ensino superior. “O decreto foi assinado pelo governador em cima do capô de um veículo. Pego no laço e pressionado por diversos setores da sociedade”, conta Aguiar.

Foi nessa época que a ACIM ganhou sede própria, erguida em um terreno na avenida Herval, e tornou-se a primeira associação do Paraná e a segunda do país a montar o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). 

Serviço de proteção e cursos
O SPC atraiu associados quando foi implantado. Embora não utilize mais o sistema, o sócio da Genko, Marlon Kenzo Shimabukuro, destaca a importância e utilidade no passado por trazer segurança aos negócios. “A consulta ao SPC ajudou muito o nosso negócio”. 
Além de proteção ao crédito, o comércio varejista de calçados, que se instalou em Maringá em 1960, encontrou na Associação Comercial uma importante aliada para a tão almejada qualificação por meio de cursos e palestras. “Uma das palestras mais marcantes foi a do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso”, conta Shimabukuro, ao comentar sobre o evento realizado pela entidade em 2011. 
Ao falar das razões de se manter associado, o empresário destaca a organização e a estrutura da ACIM. “Entre as associações que conheço é a mais importante e atuante, muito por conta do trabalho dos seus presidentes”, enaltece. 
Marlon Kenzo Shimabukuro, da Genko


Crescimento econômico e urbano

Na década de 1970, o Brasil foi tomado por uma onda de euforia, impulsionada pelo forte crescimento econômico. O período também é lembrado pelo êxodo rural. A geada negra do café, em 1975, e a mecanização das lavouras de soja e milho levaram milhares de famílias a trocar o campo pela cidade. 

O aumento da população urbana levou a ACIM a incentivar a criação de parques industriais e a ampliação e diversificação do comércio. O surgimento dos primeiros arranha-céus e dos grandes cartões-postais, como o Parque do Ingá (1971) e a Catedral Basílica Nossa Senhora da Glória (concluída em 1972) mudaram o desenho urbanístico da cidade.

Naquela época, a liderança e o associativismo propagados pela entidade alcançavam a região. O cientista político destaca a “organização da gestão de negócios do município e a colaboração para a integração das empresas com implantação de redes de investimento e comunicação”. 


Boom populacional

No prazo de dez anos a população de Maringá saltou de 168 mil habitantes para 240 mil habitantes. O que refletiu no número de prédios na cidade - de oito para 56 - e na abertura de loteamentos na década de 1980.  

Paralelamente, a atuação da ACIM se revertia em benefícios à cidade, como a ampliação do número de vagões para escoamento ferroviário da produção agrícola, melhores financiamentos bancários e a instalação de um escritório da Junta Comercial, que agilizou a abertura de empresas. Entre os novos empreendimentos estavam a Unicesumar, GTFoods e a Coca-Cola Femsa.

“Maringá teve a oportunidade de se tornar um polo industrial e manter sob tutela municipal empresas que são marcadas pelo impacto humano e ambiental. Nos anos de 1980 a cidade renunciou a isso. Não quis ‘quantidade fabril e sim qualidade social”, diz Aguiar. 

Internamente, a entidade deu um importante passo para a equidade de gênero com a implantação do Conselho da Mulher Empresária e Executiva – hoje ACIM Mulher. Também é dessa época a criação da Coordenadoria das Associações Comerciais do Norte e Noroeste do Paraná, a Cacinor, e a primeira campanha para fomentar as vendas do comércio local, a Promoacim. 

Enquanto isso, no cenário nacional, o Brasil passava pelo processo de redemocratização e lutava contra a inflação. Protestos eclodiram pelo direito ao voto e contra os fracassados planos econômicos do presidente José Sarney. Em Maringá, uma manifestação encabeçada pela Associação Comercial fechou o comércio em 26 de fevereiro de 1987 e ganhou repercussão nacional.


Campanhas e reconhecimento
Depois da Promoacim, as campanhas promocionais entraram definitivamente para o calendário de eventos da ACIM para impulsionar as vendas tanto em datas comemorativas como em períodos de queda. As ações se tornaram uma oportunidade para lojistas, como Vera Nunhês, liquidar estoques e fazer fluxo de caixa, e, atualmente, também oferecer aos clientes a possibilidade de concorrer a prêmios.
“Gosto muito das campanhas de fim de ano e da Maringá Liquida. Elas ajudam no faturamento”, destaca Vera, proprietária da Ótica Rubi, empresa que está no mercado desde 1969 e tem praticamente o mesmo tempo de filiação à ACIM. 
“No passado, nos associamos pelo auxílio no dia a dia, pelo suporte com consultas de crédito e pelas promoções e eventos que fomentam as vendas em datas especiais. Não me vejo fora dessa parceria”, diz. 
Além disso, ela destaca a evolução da entidade, o espaço dado às empresárias por meio do ACIM Mulher e o reconhecimento aos parceiros de longa data. “O evento de homenagem às empresas mais antigas foi emocionante porque reuniu empresas que sobreviveram a crises, mudanças políticas e até pandemia”, finaliza Vera.  
Vera Nunhês, da Ótica Rubi

Tempo de reestruturação

Hiperinflação, Plano Collor, confisco de poupança e impeachment do presidente Fernando Collor. Os anos 1990 trouxeram desafios à ACIM diante das turbulências políticas e econômicas do país. Para fazer frente ao cenário de instabilidade, criou-se, em 1994, o Instituto para o Desenvolvimento Regional (IDR) com a missão de elaborar e implantar projetos de desenvolvimento para o noroeste do Paraná. 

No mesmo ano veio o Plano Real, que reduziu a inflação. Os altos juros, entretanto, imobilizaram o empresariado, causando estagnação na economia e desaceleração do crescimento.

Em 1996, a ACIM e a Coordenadoria Regional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) articularam o Movimento Repensando Maringá, envolvendo líderes empresariais e representantes da sociedade.

“Nascido em uma conjuntura em que havia uma danosa crise política, esse movimento mobilizou a sociedade civil para planejar a cidade no longo prazo para além dos debates estritamente eleitorais. Estabelecendo fecunda interface com o poder público, lançou as bases para um novo período de desenvolvimento para Maringá”, destaca Dias.

Foi deste movimento que nasceu o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), criado por lei municipal, com a missão de propor e executar políticas de desenvolvimento econômico.

Para o cientista político, a criação do Codem foi uma demonstração da capacidade da cidade de se reinventar e planejamento de longo prazo. “Talvez seja a maior demonstração da capacidade da sociedade civil organizada e poder público construírem o futuro da cidade”. 


Crédito e proteção
Outro feito da década foi a ACIM ter se tornado a primeira associação comercial do sul do país a criar uma cooperativa de crédito para o setor empresarial: o Sicoob Metropolitano. “O Sicoob impactou fortemente no desenvolvimento de Maringá”, destaca o empresário Carlos Ajita, diretor do grupo Casas Ajita. 
Associado à entidade desde 1964, mesmo ano em que a primeira loja do grupo foi inaugurada, o empresário conta que, no início, buscou na ACIM proteção ao crédito, essencial para a saúde financeira de qualquer negócio, em especial o comércio varejista. 
De lá para cá, o serviço passou por profundas transformações, mas segue sendo um dos mais utilizados. Ajita, aliás, acompanhou de perto a mudança mais marcante: a informatização do sistema. 
“Participei da gestão do presidente Alcides Siqueira Gomes quando migramos do modelo tradicional para o da informática. A ACIM sempre apresentou importantes soluções tecnológicas, mas a informatização do SPC foi um avanço significativo por trazer segurança para o comércio maringaense”. 
O diretor do grupo Casas Ajita, que atualmente conta com 21 lojas no Paraná - três delas em Maringá – também exalta o associativismo moderno e criativo. “Ao longo da sua trajetória, a ACIM se preocupou em estabelecer ações positivas nas áreas econômica, política e social, bem como atuou na defesa do empreendedorismo local e regional. Por isso, terá impacto a longo prazo na história”, finaliza.
Carlos Ajita, das Casas Ajita

Tecnologia e globalização

O avanço tecnológico e a globalização da economia trouxeram transformações à sociedade e ao mercado corporativo no início dos anos 2000. O novo milênio lançou luz sobre debates sociais, ambientais e gestão empresarial transparente e ética.

Em sintonia com modernos conceitos, a ACIM implantou, em 2002, um  instituto de responsabilidade social e foi uma das incentivadoras da criação da ONG Sociedade Eticamente Responsável (SER), que deu origem, em 2006, ao Observatório Social de Maringá, na opinião de Aguiar: “uma das maiores vitórias que a entidade promoveu ao longo de sua jornada”. 

“A entidade soube responder às necessidades de seu tempo e colhe frutos. Porém, precisa continuar plantando o futuro para que não perca a essência de sua finalidade e a capacidade que gerou ao longo de sua história”, acrescenta.

Nessa mesma década, a associação abriu as portas para a Software By Maringá, para incentivar o desenvolvimento de empresas de tecnologia de informação, e deu início ao Programa Empreender, que visa ao desenvolvimento e crescimento de empresas por meio de ações conjuntas. 


Planejando o centenário

Desde 2017 está em andamento o Masterplan, um amplo planejamento urbano, econômico e social para a Maringá de 2047, cujo trabalho teve a consultoria internacional da PwC e é acompanhado pelo Codem.

“A entidade teve papel fundamental na busca da convergência dos empresários em apostar na ousadia de mapear o potencial produtivo e gerar uma ação coordenada dos setores para a implementação de um projeto para os cem anos da cidade”, diz Aguiar.

Para alcançar as metas, o Repensando Maringá 2047 foi dividido em câmaras técnicas setoriais, que são fóruns para o planejamento estratégico e o monitoramento sistemático de cada setor estratégico. 

O planejamento urbano, segundo Aguiar, é fundamental para incentivar novos empreendimentos. “Esta é uma condição necessária para a geração de oportunidades de trabalho. Maringá necessita manter a qualidade de vida e atrair produtos e serviços que finem com o futuro da cidade”.  

Em 2015, a ACIM encabeçou um movimento contrário e conseguiu, com outras entidades, barrar o aumento do número de vereadores na cidade. No ano seguinte, em meio a denúncias de corrupção no governo federal, foi às ruas pedir punição aos envolvidos. 


Pandemia e superação

O distanciamento social compulsório por conta da pandemia da Covid-19 mudou a rotina e as relações no início desta década no mundo inteiro. Ao prejuízo à vida humana, somaram-se empresas que precisaram fechar as portas. Coube a ACIM manter diálogo com o poder público para estudar a retomada das atividades de modo a preservar a vida e a sustentabilidade dos negócios e dos empregos. 

Além de ter defendido os interesses dos empresários, pautou o trabalho em linhas de crédito para minimizar os impactos financeiros e investiu mais de R$ 3 milhões em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e suprimentos para a saúde. Também encampou campanhas de doação de máscaras. 

“A ACIM é uma geradora de lideranças. Ela tem um capital de gestão formado e formando pessoas. Este é o maior benefício que a entidade traz para a cidade”.

Em outubro de 2021, inaugurou a reforma da sede, uma revitalização de dois mil metros quadrados que veio com uma proposta conectada aos novos modelos de negócio e fazendo homenagem aos grandes empresários que antecederam e estão na história da entidade.

Entre as novidades da sede está o Inovus – um programa de aceleração de ideias e projetos com o acompanhamento de especialistas e à disposição dos associados como forma de incentivo à inovação. 

Superada as adversidades, a entidade atingiu, no ano passado, a marca de cinco mil empresas associadas e superou 80 núcleos setoriais do programa Empreender. Também investiu em gestão, com o acompanhamento de consultorias, o que foi atestado pela certificação ISO 9001, conquista do Great Place to Work (GPTW) como excelente lugar para trabalhar e o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em prol do desenvolvimento da cidade, defendeu e doou o projeto para a duplicação de 21 quilômetros da PR-317 entre Maringá e Iguaraçu. A obra de R$ 183,4 milhões está em andamento. 

O projeto Ágora, concebido na década de 80, foi rebatizado de Centro de Eventos Oscar Niemeyer e deve sair do papel com apoio da Associação Comercial, que doou os projetos elétricos, de detectores de incêndio, climatização, exaustão e impermeabilização. Será a segunda obra de Niemeyer no Paraná – a outra é o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. 

“Não se pode negar a convergência dos setores produtivos, encabeçados pela ACIM, como o poder público, em todas as suas instâncias, municipal, estadual ou federal. O saber fazer política sem se deixar que lideranças se seduzissem pela possibilidade de ascender ao mando e o comando permanente da força que a representação dos empresários tem”, avalia Aguiar.

“O mais importante ao longo das sete décadas foi o fato da ACIM se manter antenada às demandas de cada época, tanto as que diziam respeito aos associados quanto às relacionadas aos interesses de toda a municipalidade. É possível afirmar, sem o risco de pecar pelo exagero, que a história do município se confunde com a história da ACIM”, conclui Dias.